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Assalto ao Palácio de Verão | Coleção Museu do Neo-Realismo










Galeria de Exposições do Palácio da Cidadela de Cascais
A Fundação D. Luís I, em colaboração com a Câmara Municipal de Cascais, e o Museu do Neo-Realismo, em colaboração com a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, apresentam, na Galeria de Exposições do Palácio da Cidadela, Assalto ao Palácio de Verão, uma exposição de pintura, escultura, desenho e fotografia da coleção do referido museu.
De 24 de abril a 14 de setembro exibem-se obras de Júlio Pomar, Mário Dionísio, Maria Barreira, Manuel Ribeiro de Pavia, Alice Jorge, Victor Palla, Querubim Lapa, Nuno San-Payo, Cipriano Dourado, Carlos de Oliveira, Luís Dourdil, Hansi Steal e Dorindo de Carvalho, entre tantos outros artistas, no âmbito das Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, que decorrem em Cascais há cerca de um ano.
Durante os próximos meses, munícipes e visitantes poderão apreciar peças de artistas portugueses e estrangeiros “que durante largo período do século XX despertaram consciências através de manifestações de rebeldia que, pelas suas distintas propostas, desafiaram a ideia do monolitismo de que foram acusados”, revela o Presidente da Fundação D. Luís I, entidade gestora da programação do Bairro dos Museus, onde se situa o emblemático Palácio da Cidadela, espaço monumental escolhido pelo Rei D. Luís I, patrono da Fundação, e pelo seu filho Rei D. Carlos, para a família real passar parte do verão.
Salvato Teles de Menezes adianta que “Júlio Pomar e Carlos de Oliveira, por exemplo, nunca abdicaram das suas pessoalíssimas visões estéticas, sendo que o que todos comungavam era o anseio de uma sociedade mais justa e solidária. Por isso, denunciaram e intervieram aludindo a direitos sociais, provocaram o regime através do chamado neo-realismo, corrente que chegou a Portugal nesses anos, essencialmente vinda de Itália”.
Assalto ao Palácio de Verão representa “uma ascensão concreta, a possibilidade de a atenção ao povo que o neorrealismo apresentou nos anos 1940 e 1950 poder ocupar as paredes de um palácio com peso histórico e institucional” considera David Santos, Diretor Científico do Museu do Neo-Realismo, remetendo para “uma mensagem, feita de cores e de vozes, que visava alcançar uma visão incómoda e mesmo crítica do poder vigente, apresentada, porém, como declaração de um “amor ao povo”, ao denunciar as suas dificuldades e sofrimentos, sem esquecer uma atenção lírica aos seus costumes, desejos e ambições”.
Esta exposição reforça uma programação artístico-cultural eclética em Cascais e um dos “múltiplos poderes da Arte, o de nos ligar a narrativas e a causas sociais, neste caso através da apresentação de perspetivas que são ideologicamente similares e distintas sobre as vivências individuais e coletivas em plena ditadura nacional”, enaltece o Presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras.
A Galeria de Exposições do Palácio da Cidadela está aberta ao público de terça a domingo, entre as 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00 (última entrada às 17h40).
Textos completos e mais informação sobre Assalto ao Palácio de Verão.
https://www.fundacaodomluis.pt/expositions/assalto-ao-palacio-de-verao
Palácio da Cidadela de Cascais | Galeria de Exposições
Av. Dom Carlos I
2750 – 642 Cascais
Acesso | 5 euros
Isenções, descontos e preços gerais, de acordo com a Bilhética Bairro dos Museus