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Como se aprende na Nova EB do Arneiro




























O sorriso por vezes vale mais do que mil palavras, não só por ser uma imagem, mas sobretudo porque é um retrato fiel do que vai na alma da rapaziada que ensaia a subida à árvore, que se baloiça nas redes da aranha ou prefere correr na espaçosa área ao ar livre, embora também possa disfrutar das novas salas de aula, onde a ferramenta digital, é um bom suporte instrumental. Tudo isto cabe na Nova Escola EB do Arneiro.
Esta escola é quase como uma catarse, para aqueles alunos mais velhitos que, há dois anos, acantonavam-se na exígua escola provisória. É como se se libertassem do ninho. Mas, como diria Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, e um dos mais entusiastas pela construção deste espaço: “Às vezes são precisos muitos anos de trabalho e de preocupações, para, depois, termos um momento de felicidade!”.
Ei-lo, portanto, quando às dez horas da manhã, da primeira quinta-feira do ano de 2024, a placa, aposta na parede do espaço de entrada do edifício, é descerrada pelo presidente da autarquia: “É maior que a outra, as salas têm mais espaço, tem mais cores e é mais bonita”, assim a pintaria, Carolina, aluna da EB do Arneiro. À Salomé, auxiliar há 24 anos na escola encanta-lhe o espaço disponível para os miúdos brincarem: “vai-nos dar muito trabalho, mas vai valer a pena, porque está maravilhosa”, remataria. António Mouta, professor no Agrupamento há 18 anos e no Arneiro há quatro recorda a sensação “claustrofóbica” da escola provisória que precedeu esta nova.
E, de facto, para trás ficava um ror de arrelias: “Ainda os mais pequeninos não tinham nascido quando nós começamos a desenvolver o processo de construção da escola, mas não sabíamos os obstáculos que, entretanto, iriam surgir pelo caminho, como empresas que iam à falência, enfim… agora é o momento de festejar e não de recordar problemas”, remataria Carlos Carreiras.
Se a luz natural que entra de rompante nas 8 salas de aula é a anfitriã desta escola, a capacidade da construção da “narrativa simbólica”, como diria Carlos Neto, que a ferramenta digital promove através dos ecrãs, é um bom instrumento, dir-se-á, indispensável. Mas, em toda esta modernidade da Nova Escola do Arneiro, apesar da porta que a realidade virtual abre, designadamente todo o mundo da Inteligência Artificial, as crianças continuam a sorrir perante o espaço natural que se estende, como uma grande sala de aula e onde o sussurro da brincadeira serve de trilha sonora.CMC/HC/BN/AG/LB