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Amizade entre Portugal e o Japão celebrados em exposição






















Em comemoração dos 480 anos de amizade entre Portugal e Japão, que se celebram este ano, a Biblioteca Municipal de S. Domingos de Rana inaugurou esta sexta-feira, 13 de outubro, uma mostra bibliográfica em que se apresenta parte da coleção de livros sobre o país do Sol Nascente reunida na primeira metade do século XX pelo bibliófilo António Pereira de Vasconcelos da Rocha Lacerda e Melo. A seleção inclui, entre outras, obras do escritor Wenceslau de Moraes e desenhos de Katsushika Hokusai. Esta mostra bibliográfica foi apresentada pela primeira vez, em abril de 2022, pela Câmara Municipal de Ponte da Barca, terra natal de António Pereira de Vasconcelos da Rocha Lacerda e Melo.
Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, presente na inauguração, lembrou que Cascais tem geminação com Atami ( desde 1990), uma cidade a sudoeste de Tóquio, famosa pelas suas estâncias termais, onde o turismo representa a principal atividade. A exposição é, simultaneamente, uma homenagem ao bibliófilo, graças ao qual é possível mostrar as obras que compõem a mostra, mas, também ao livro na sua existência física e o reconhecimento do seu valor.
" Em Cascais, as bibliotecas municipais têm visto crescer a sua afluência, a que muito se fica a dever, não só a existência de boa e variada seleção de livros, como das muitas atividades e serviços que oferecem, para todos os públicos, nas diversas faixas etárias", reconheceu Carlos Carreiras.
No que se refere à presente exposição que fica patente ao público até 4 de novembro, António Andresen Guimarães (neto do bibliófilo homenageado António Pereira de Vasconcelos da Rocha Lacerda e Melo), destaca os livros com mais de cem anos que a compõem, alguns deles bastantes raros, como O Culto do Chá, de Wenceslau de Moraes, na sua primeira edição, publicada em Kobe, em 1905, em dupla folha, à maneira japonesa."Este é um livro muito raro, editado no Japão, com os métodos tradicionais, do qual foram feitos muito poucos exemplares", referiu António Guimarães.
Presente também na exposição estão obras de Katsushika Hokusai (1760-1849) foi um dos artistas mais populares no seu tempo no Japão, mestre na arte dos ukiyo-e, que literalmente significa retratos do mundo flutuante e que consiste num processo de gravação de estampas, que nasceu em meados do século XVII e se tornou extremamente popular nos séculos seguintes. uma vez que podiam ser produzidas em grande número.
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