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Jorge Reis-Sá: "Este prémio é um reconhecimento pelos meus pares"

O autor de “A Hipótese de Gaia” venceu Grande Prémio de Conto da APE

Jorge Reis-Sá venceu Grande Prémio de Conto Branquinho da Fonseca, com o selo da Associação Portuguesa de Escritores (APE) e patrocinado pela Câmara Municipal de Cascais e Fundação D.Luís I. Esta quarta-feira, 27 de setembro, decorreu a cerimónia oficial de entrega do prémio, no Museu Condes Castro Guimarães, em Cascais. Um fim de tarde outonal, mas, com sabor a verão, foi o cenário ideal para celebrar a literatura portuguesa com a distinção oficial do livro “A Hipótese de Gaia” que venceu esta primeira edição de um prémio literário que posiciona Cascais na linha da frente no apoio à Cultura e aos que fazem a Cultura acontecer. 

"É perfeitamente justificado o nosso apoio a este Prémio que leva o nome de Branquinho da Fonseca, escritor que tem uma grande ligação a Cascais e, na época, à Biblioteca-Museu Condes de Castro Guimarães onde projetou e difundiu a ideia das bibliotecas itinerantes que mais tarde levou para a Fundação Calouste Gulbenkian", referiu Salvato Teles de Menezes, presidente da Fundação D. Luís I. 

Apesar de ter escolhido Ciências na Faculdade, a escrita apresentou-se a Jorge Reis-Sá depois da morte do pai, aos 17 anos, para nunca mais o deixar, na forma de prosa, poesia e crónicas. A perda trágica do pai que era professor de Português, compensou-a ele como a sua paixão pelos livros que o fez, para além de escritor, editor durante quinze anos (nas Quasi e na Babel). 

"Com este prémio recebi pela primeira vez um elogio surpreendente « O teu pai teria tanto orgulho em ter um filho escritor» e isso é o que mais significado teve para mim", confessou, emocionado, Jorge Reis-Sá que neste prémio vê também um "reconhecimento dos pares" e "um sentido de pertença ao mundo da Literatura". 

“A Definição do Amor” e “Todos os Dias” são alguns dos títulos mais conhecidos. Com “A Hipótese de Gaia”, editado em 2022, convenceu o prestigiado júri desta 1ª edição do Grande Prémio de Conto Branquinho da Fonseca, constituído por Isabel Pires de Lima, José Carlos Seabra Pereira e Leonor Martins Coelho. Uma obra de "exímia construção", na qual os dotes de "maturo criador poético" do autor se aliam às suas "virtudes de romancista", por entre "novas vivências do desconcerto do mundo", foram as palavras do júri que justificaram a decisão por unanimidade.

O Grande Prémio de Conto Branquinho da Fonseca foi instituído em 2023 pela Associação Portuguesa de Escritores, com o patrocínio da Câmara Municipal de Cascais e Fundação D. Luís I, com o objetivo de galardoar anualmente uma obra de contos em português, publicada em livro, em primeira edição. O valor monetário deste prémio é de 12.500 euros.

"O apoio à criação deste prémio é também um cumprimento de um grande desígnio de Cascais que é, através da promoção das artes e do fomento do livro e da leitura, a criação de cada vez mais públicos para fruir a Cultura em todas as suas formas", disse Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais que apoiou desde logo a proposta da APE. Carlos Carreiras referiu, ainda, que a crescente afluência das bibliotecas municipais são a prova do sucesso desse caminho. 

Cascais Digital

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