Cascais assina Carta Portuguesa para a Diversidade

Cascais assinou esta sexta-feira a Carta Portuguesa para a Diversidade, promovida pela APPDI - Associação Portuguesa para a Diversidade e Inclusão. Cascais junta-se, assim, a mais de 400 organizações dos mais diversos setores de atividade que já formalizaram o seu compromisso com esta caminhada rumo a uma sociedade mais plural e inclusiva.

A Carta para a Diversidade, iniciativa da Comissão Europeia, é um instrumento voluntário criado com o objetivo de encorajar as entidades empregadoras a implementar e desenvolver políticas e práticas internas de promoção da Diversidade. A Carta, gerida pela Associação Portuguesa para a Diversidade e Inclusão, é assinada de forma voluntária por entidades empregadoras de vários setores (público, privado com e sem fins lucrativos), descrevendo medidas concretas que podem ser tomadas para promover a diversidade e a igualdade de oportunidades no trabalho independentemente da origem cultural, étnica e social, orientação sexual, género, idade, caraterísticas físicas, estilo pessoal e religião.

O Município de Cascais é o terceiro território da AML com maior número de cidadãos estrangeiros que ascendem a 34.097 residentes, com 139 nacionalidades presentes. A diversidade cultural é fator de enriquecimento do concelho e faz parte da sua História, assim como a promoção e implementação de políticas, estratégias e iniciativas que contribuem para a integração de migrantes e suas culturas.

"Tenho acompanhado o trabalho da Câmara Municipal de Cascais nesta área da diversidade e da inclusão e, nos vários fóruns em que estive presente, Cascais aparece sempre como uma referência nesta área", afirmou Sara Silva, diretora da "Human Relations" na L’Oreal Portugal e vogal na Direção da APPDI.

De facto são várias as políticas municipais que dão prioridade a estas temáticas da diversidade, equidade e inclusão. Num município com uma vasta representatividade de diversidade cultural, foi criado o projeto de Diversidade Cultural e Migrações (DCM), alocado à Unidade de Promoção dos Direitos do Território (UPDT), que visa promover o bem-estar e a qualidade de vida dos cidadãos migrantes no território de Cascais através de uma intervenção concertada, participada e transversal com todos os intervenientes da comunidade, numa abordagem de interculturalidade, bem como promover e apoiar a conceção e implementação de políticas, estratégias e iniciativas que contribuam para a integração de migrantes e promoção da diversidade cultural.

" O nosso caminho enquanto município está traçado no que respeita à promoção e valorização da diversidade", sublinhou Carla Semedo, vereadora da Câmara Municipal de Cascais para quem a assinatura desta Carta é uma forma "de valorizar o que já está a ser feito pelo município". 

De facto, em Cascais, acredita-se que valorizar as características, as competências e o talento de cada pessoa promove a igualdade de tratamento e de oportunidades, combatendo os estereótipos e as discriminações e fomentando uma cultura de inclusão baseada no respeito pelo ser humano. Uma cultura de Diversidade contribui para o desenvolvimento pessoal e profissional, para a eficiência e competitividade das organizações e para a melhoria das condições sociais e económicas.

" Sou chamado a assinar muitos documentos que muitas vezes são meras formalidades, mas neste caso, há todo um trabalho desenvolvido pelos serviço municipais porque acreditamos que respeitar e valorizar a diferença é uma absoluta necessidade da comunidade cascalense", referiu Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais na assinatura do documento. 

Entre outras medidas municipais existentes, em consonância com a Carta para a Diversidade, encontram-se o Gabinete de Inserção Profissional Imigrante; a colaboração entre o Projeto de DCM, Centro Cultural Moldavo, e a Cidades das Profissões; e a Rede de Acolhimento Municipal ao Migrante em Cascais, presente em 6 pontos de atendimento distribuídos pelas 4 freguesias/uniões de freguesia do Município.