Cascais, Lisboa e Oeiras à mesa por soluções conjuntas

Em declarações ao DN, o presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras justifica este encontro com o propósito dos três autarcas que gerem municípios que registam uma elevada percentagem do PIB nacional “ajudarem o governo a encontrar soluções que permitam ultrapassar a crise económica e social que está instalada e que se vai acentuar de uma forma muito evidente.”

Nesta primeira reunião manifestaram o propósito de construir um plano comum para as zonas costeira e ribeirinha.

Segundo declarações de Carlos Carreiras àquele jornal, as questões colocadas neste primeiro encontro tocam três dos pilares do desenvolvimento sustentável: o desenvolvimento económico, neste caso relacionado com o Mar, o plano social e as questões ambientais.

Na agenda relacionada com o Mar a autarquia lisboeta, noticia o DN, terá dado o primeiro passo ao concorrer, em março deste ano, a 31 milhões de euros dos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência, com o propósito de construir o edifício do Hub do Mar, na Doca de Pedrouços, ao lado da Fundação Champalimaud e da Fundação Gulbenkian, criando ali um espaço de concentração de empresas da área do Mar que, refere o autarca lisboeta Carlos Moedas citado pelo DN, juntamente com as universidades e centros de investigação, promova "a criação de valor através da inovação, da tecnologia e da ciência".

Nesta matéria, ao DN Carlos Carreiras falou da “pretensão de acentuar o ensino na Faculdade de Direito da Nova sobre Economia do Mar e sobre Direito do Mar”. Recordou que Cascais está já apostado na “reflorestação marinha” e lembrando declarações do ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, nas quais o governante manifesta interesse pelo desenvolvimento de uma praça financeira sobre assuntos do mar. Ora, nesta matéria, refere Carlos Carreiras, Cascais é seguramente “candidato”.

Sobre as questões ambientais o autarca de Cascais referiu-se a um investimento de 53 milhões de euros na recuperação das ribeiras do concelho, intervenção que tem um efeito direto em toda a orla costeira de Cascais, porta de mar de acesso à capital do país.

Em Oeiras, refere o jornal, está a ser desenvolvido um HUB Azul que conta “com o facto de ter no concelho instituições científicas e de investigação e empresas ligadas ao mar, como a Escola Superior Náutica Infante D. Henrique, o Instituto Superior Técnico ou o Instituto Gulbenkian de Ciência, bem como 25 mil empresas que geram cerca de 26 mil milhões de receitas anuais, não contando com o setor financeiro”.

No que se refere à mobilidade, a redução do número de carros que diariamente entram em Lisboa foi uma das preocupações, com Oeiras a reequacionar a hipótese de um corredor Bus na A5 e a implementação de um metro de superfície e Carlos Carreiras a sublinhar alertar para a importância de se ter em conta a experiência que estas duas autarquias (Cascais e Oeiras) têm em matéria de mobilidade.

Entretanto, foram já pedidas reuniões destes três autarcas com o ministro da Economia e do Mar, António Costa e Silva e com o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos.

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