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Carta Arqueológica Subaquática de Cascais 2022

A inventariação do Património Arqueológico Subaquático é fundamental

Esta quinta-feira, 24 de fevereiro, foram apresentados, no Museu do Mar Rei D. Carlos, os trabalhos realizados em 2020/2021, no âmbito da Carta Arqueológica de Cascais, trabalhos esses realizados pela Câmara Municipal de Cascais em parceria com a Universidade Nova de Lisboa, a Marinha Portuguesa e a Direção Geral do Património Cultural. Cascais continua, assim, a desenvolver uma política de defesa e divulgação do Património Histórico e Cultural. Neste sentido, o estudo e a inventariação do Património Arqueológico Subaquático constituem tarefas fundamentais para a criação de um repositório de informação científica, de grande relevância para a gestão desta herança coletiva.

O achado de um novo naufrágio ao largo da Parede foi um dos momentos mais relevantes das descobertas feitas nesses dois anos, cujos trabalhos, devido à situação de pandemia, tiveram alguns constrangimentos.

"A concentração de canhões alinhados e pelouros de ferro parece revelar um navio de finais do século XVIII ou do início do século XIX, que provavelmente transportaria material de guerra. A investigação sobre a sua história continua agora também em terra", revelou António Fialho, arqueólogo subaquático que integra a equipa pluridisciplinar da Carta Arqueológica Subaquática de Cascais. 

O projeto da Carta Arqueológica Subaquática de Cascais (ProCASC) teve início em 2005, na sequência da assinatura de um protocolo entre a Câmara Municipal de Cascais e o antigo Instituto Português de Arqueologia – Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática, atual Divisão de Arqueologia Náutica e Subaquática do Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico.

Realçando a importância deste património histórico, "um autêntico museu vivo debaixo do mar", Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, afirmou na conferência que " a identidade e a glocalização são duas palavras chave para tornar Cascais ainda mais competitivo e atrativo no contexto nacional e internacional", acrescentando que este património é testemunho do que fomos e moldou a comunidade que somos, "aquilo que nos torna únicos e nos diferencia".  

Pioneiro em Portugal, este projeto desenvolve-se por fases e com uma perspetiva temporal de longo prazo. Essencialmente o ProCASC é um banco de dados, uma ferramenta de gestão do património subaquático, na qual são georreferenciados todos os sítios arqueológicos identificados e os materiais neles recolhidos, fruto de achados fortuitos, de missões de prospeção ou de acompanhamento arqueológico de obras de construção civil. A agregação dessa informação e o seu cruzamento com fontes orais e documentais permitirá, por exemplo, sistematizar e estabelecer medidas de proteção e valorização dos sítios arqueológicos identificados, bem como contribuir para o estudo da história do concelho.

O projeto foi distinguido pela UNESCO que reconheceu Cascais como exemplo de boas práticas no âmbito da Arqueologia Subaquática. O objetivo agora em 2022 é criar iniciativas que promovam a participação do público, com o objetivo de sensibilizar a população, em geral, e os jovens, em particular, para a importância do património histórico que se esconde no mar. De entre essas iniciativas contam-se a criação de cursos de mergulho para jovens dos 12 aos 17 anos com o apoio do Clube Naval de Cascais, o lançamento de uma concurso de fotografia de arqueologia subaquática e a realização de dois dias de "Casa Aberta" que possibilitem ao público poder mergulhar para ver os destroços dos naufrágios in loco. 

Saiba mais sobre a Carta Arqueológica Subaquática de Cascais aqui

 

Cascais Digital

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