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Edifício Cruzeiro vai inaugurar no final de 2022


























Nasceu em 1951 aquele que é conhecido como o primeiro centro comercial em Portugal. O Edifício Cruzeiro, no Monte Estoril, está a ser requalificado e vai acolher uma Academia de Artes com um auditório adequado a espetáculos de artes performativas, biblioteca e um museu. As salas de formação servirão a Escola Profissional de Teatro de Cascais e o Conservatório de Música de Cascais. O objetivo é sediar aqui quer o TEC quer a Orquestra Sinfónica de Cascais e a Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras. As obras prosseguem a bom ritmo e irão estar concluídas no final de 2022.
“O Cruzeiro vai ser a âncora da Vila das Artes dedicada às Artes Performativas, tal como o Bairro dos Museus é dedicado às Artes Plásticas” refere Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais que esta terça-feira visitou a obra.
“No final do ano vamos abrir esta nova centralidade cultural com todo o seu esplendor e já dá para antever que vai ficar absolutamente extraordinário. Será um equipamento que vem reforçar a oferta de Teatro, Cinema, Música e Dança no concelho, mas também formar todo o talento que vai passar por aqui”, acrescentou Carlos Carreiras, concluindo que “Em Cascais apostamos também na Cultura como fator de desenvolvimento”.
Considerado uma das maiores referências da arquitetura de Cascais, o Centro Comercial Cruzeiro faz parte da memória coletiva dos cascalenses. Foi frequentado por muitos, incluindo monarcas europeus e gente endinheirada que ficou por Portugal no período pós-guerra. No entanto, com o avançar dos anos, o Cruzeiro foi sofrendo a degradação. Vários espaços comerciais foram fechando e o edifício foi perdendo vida, ao ponto de não ter mais qualquer atividade coadunante com a finalidade com que havia sido construído.
Adquirido pelo Município, começou a delinear-se uma nova vida para o edifício virado ao mar, reconhecido ao longe pela da sua icónica torre que, após as obras de requalificação, irá albergar a biblioteca.
A traça moderna e original do espaço foi mantida, sendo que toda a parte interior, que antes acolhia várias lojas e espaços comerciais, foi demolido para dar lugar a novas divisões que sirvam as suas novas funções.