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Precisamos de um recomeço e não de uma reabertura

Carreiras apresentou plano local para o desconfinamento, o TRI

“O País está saturado das medidas pandémicas e continua a não ter um horizonte de realização coletiva” disse, Carlos Carreiras no seu espaço habitual de diálogo com os munícipes de Cascais, que se realiza todas as sextas-feiras, através da página do facebook, da Câmara. 

A intervenção do presidente debruçou-se sobre esta nova fase de combate à pandemia à luz do plano de abertura ontem anunciado pelo primeiro-ministro. “Portugal exigia e precisava de um plano de reabertura da sociedade e da economia que fosse competente, credível e sobretudo irreversível”, disse Carlos Carreiras para acrescentar, “o plano ontem apresentado é credível (sobretudo porque conservador), competente (porque está apoiado na ciência); só não é irreversível”. 

Para Carlos Carreiras o país não necessita apenas de uma reabertura, precisa de um recomeço e, esse recomeço não tem ainda dinâmicas plasmadas no que foi ontem anunciado, pois foi o próprio primeiro-ministro disse que podemos voltar para trás se viermos a atingir níveis de infeção mais elevados. “Isso é absolutamente indesejável”, considerou o autarca, porque “não podemos andar a confinar a cada ciclo de infeção”.,  

Por isso o presidente da Câmara foi mais longe e anunciou na sua comunicação o Plano de Desconfinamento de Cascais, que tem como eixos fundamentais, aquilo que Carlos Carreiras designou por “TRI”, ou seja; Testar, Rastrear e Isolar. 

A ambição de Cascais é: testar massivamente os grupos mais expostos, identificando rapidamente novas infeções; fazer rastreamento robusto para construir um mapa de todas as cadeias de transmissão, quebrando os ciclos de infeção, isolar os infetados que não tenham condições para debelar a doença sem pôr em causa a segurança do agregado familiar. 

Nesta comunicação que antecedeu o diálogo em direto com os munícipes, o autarca exortou os cascalenses para que não entendam a reabertura como “um passaporte para se fazer o que se quer”. “Temos de continuar a usar máscara, temos de continuar a manter o distanciamento físico, a sermos comedidos nas nossas deslocações, a evitar aglomerações e temos o dever de ficar em casa” sublinhou. 

Sobre os números da pandemia, a nível do concelho, Carreiras revelou que estes continuam a ser mais baixos que a média nacional, com um rácio de novos casos, nos últimos 14 dias de 102, em contraponto com o rácio nacional de 111 e com um índice de transmissibilidade, o célebre RT, de 0,66, abaixo do que se verifica em média do território nacional. E sublinhou com satisfação que nesta última semana houve dias sem nenhum óbito. 

VACINAÇÃO 

Carlos Carreiras abordou também o processo de vacinação, em que a Câmara está a trabalhar na convocatória dos utentes pré-identificados, pela saúde pública, isto porque o município possui um “excelente centro de contatos” e nesta situação concreta, o presidente disse “que temos um dos mais modernos e eficientes centros de atendimento da administração pública” e, nesse sentido, “oferecemos ao Estado central a nossa ajuda para contatar as pessoas que vão ser selecionadas para a vacinação”. 

Contudo Carlos Carreiras voltou a acentuar que não é a Câmara que define, nem as prioridades, nem a seleção das pessoas a vacinar, não tem capacidade para ter mais ou menos vacinas, “porque todas estas questões são da exclusiva responsabilidade da saúde pública”. 

Todavia, Carreiras referiu que Cascais possui excelentes centros de vacinação, em instalações readaptadas pela Câmara, que têm inclusivamente sido objeto de reconhecimento público em reportagens da comunicação social, que exaltaram a qualidade dessas instalações e a capacidade de organização dos mesmos”. 

No que concerne à saúde pública, o presidente do município detalhou que este é um dos eixos centrais da política deste executivo municipal, com a constituição daquilo que é designado por SL3S, cuja etapa essencial foi firmada esta semana, “após uma longa negociação” com a transferência de competências na área da saúde pública para a esfera municipal. “Esta é uma das reformas mais ambiciosa que estamos a liderar”, disse. 

Nesse sentido salientou os investimentos de cerca de 18 milhões de euros, na melhoria e na construção de novos centros de saúde. 

Na antecipação do diálogo em direto com os cidadãos de Cascais, Carlos Carreiras salientou ainda outras novidades como o início para breve da circulação de novos autocarros e deteve-se sobre as visitas que efetuou hoje a vários espaços verdes do concelho, numa lógica de ampliar, parques, matas e áreas de verdes no concelho para fruição dos munícipes e de implementação de zonas amigas do ambiente, desmentindo, boatos e falsas informações que davam como adquirido que alguns desses espaços seriam destinados à construção de urbanizações e condomínios de luxo. 

Carlos Carreiras teve ainda oportunidade de manifestar o pesar pelo falecimento, no passado dia 8 do Prof. Miguel Magalhães Ramalho.

JP/CMC

Cascais Digital

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