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Pegadas de Cascais | Episódio 9 "Fez-se luz em Cascais!"
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Em 1876 Paulo Jablochkoff criou a vela formada por dois carvões paralelos e justapostos, separados a uma pequena distância por uma substância isolante. Essa luz, branca, intensa, encandeante, e mais duradoura, aconselhável para grandes espaços públicos foi experimentada publicamente, pela primeira vez, em junho de 1878, a Avenida da Ópera, em Paris. Não foram precisos mais do que dois meses, a noite de 28 de setembro de 1878, dia do 15.º aniversário do príncipe D. Carlos, a Cidadela seria iluminada com seis candeeiros elétricos vindos exatamente de Paris, para espanto dos presentes e do mundo porque disso deram nota os jornais da época.
“Os aparelhos, contratou-os o Sr. Conselheiro Nazareth expressamente em Paris, e são dos que iluminam a entrada da Ópera, a sua Avenida e a Praça do Teatro Francês”, noticiaria o Diário de Notícia.
Já o Occidente referiria a propósito do sistema de vela usado na Cidadela de Cascais: “É este o sistema com tão feliz êxito empregado na iluminação dos seis candeeiros que o Rei D. Luís mandou colocar na Cidadela de Cascais, e que desde o dia 28 de setembro último, aniversário natalício do príncipe real, tem funcionado regularmente todas a noites durante a residência da família real naquela localidade. Foi o primeiro ensaio da invenção de Jablochkoff que se fez em Portugal. Com os mesmos aparelhos emprestados por el-rei D. Luiz, tenciona a Câmara Municipal de Lisboa ensaiar a iluminação eléctrica de Jablochkoff, no Chiado, a partir do dia 31 de outubro, aniversário natalício do monarca.
Os jornais destacariam ainda a grande vantagem da luz elétrica face à luz de azeite e à iluminação a gás. Mas a grande revolução, a grande vantagem estaria por vir. Ninguém hoje quer imaginar uma vida sem este clique de magia E esse primeiro clique em Portugal foi dado em Cascais.