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Cascais homenageia os Delfins com canções “vestidas a rigor”

“Esta noite foi uma noite mágica, especial e irrepetível”, afirmou Miguel Ângelo após o concerto em que a Sinfónica de Cascais e convidados vestiram a rigor, as mais emblemáticas canções dos Delfins. Uma homenagem de Cascais à banda cascalense que "imortalizou a Baía de Cascais e que nos tem feito sonhar e viajar com as suas músicas ao longo destes 35 anos”, como referiu Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais.

Primeiro estranha-se, depois entranha-se. Às 22 horas em ponto soavam os primeiros acordes do grande clássico dos Delfins “Baía de Cascais”. Só que desta vez não estava, por enquanto, nem o Miguel Ângelo nem nenhum dos restantes membros dos Delfins. No palco perfilavam-se 90 músicos da Sinfónica de Cascais. A noite estava ainda a começar. Um a um foram desfilando no palco, os muitos convidados de peso que aceitaram o desafio de Cascais  de acompanharem a orquestra nesta homenagem aos Delfins.

A Sinfónica abriu com chave de ouro ao tocar a versão instrumental de uma canção Pop que haveria de levar o nome da “A Baía de Cascais” bem longe. Depois, foi a vez de Olavo Bilac, Ana Bacalhau; Miguel Gameiro, Joana Espadinha, Héber Marques, Miguel Gameiro e João Pedro Pais acompanharem a Sinfónica. “A Nossa Vez”, “Marcha dos Desalinhados”, “Só Céu”, “Não vou ficar” e “Ao Passar um Navio”, todos com arranjos para orquestra do maestro Nikolay Lalov que também dirigiu a orquestra.

 “Eu pedia a toda a gente que iluminasse com os telemóveis e fossemos todos maiores. Vamos iluminar Cascais. Portugal em cima”, pediu Olavo Bilac às milhares de pessoas. A música, essa só podia “Ser Maior”, outra grande canção intemporal dos Delfins. Que com a orquestra, os arranjos especiais da Sinfónica e a voz ao mesmo tempo sublime e etérea de Bilac tornaram ainda mais especial. Mais única. Mais Delfins.

“Faz 23 anos que não canto esta canção” confessou emocionado João Pedro Pais já em palco e a quem coube interpretar “ Ao Passar um Navio”, sempre acompanhado pelo público, num dos momentos inesquecíveis deste concerto. A prova viva de que as músicas dos Delfins “Ao passarem uma vida” não são afinal “sempre iguais”, mas sempre genuinamente diferentes. E talvez, seja esse o segredo da sua longevidade porque se adaptam aos tempos e às aspirações de cada geração. Não foi por acaso que os convidados deste concerto fazem eles próprios parte de diferentes geraçoes de musicos, alguns ainda não nascidos quando há 35 anos os Delfins nasciam em Cascais.    

“ Hoje venho aqui só para agradecer. Aos milhares que encheram a baía durante estes dez dias de Festas do Mar sempre com muita paixão, emoção e amor a Cascais e, por fazerem este enquadramento esta baía mais bonita do mundo”, referiu Carlos Carreiras, presidente da Câmara de Cascais que subiu ao palco para homenagear a banda que fez de Cascais o abrigo e o porto seguro da sua carreira.

“ Cascais presta hoje esta justa homenagem aos que imortalizaram esta Baía e que nos têm feito sonhar e viajar com as suas músicas ao longo destes anos”, acrescentou o Presidente ao oferecer a cada um dos músicos da banda uma placa evocativa desta noite.  

Carlos Carreiras não quis de deixar de distinguir também o trabalho dos jovens de Cascais, em especial, aos mais de 2000 jovens voluntários que prestam o seu trabalho ao longo do ano, nos vários programas municipais.  

E foi então que os Delfins subiram ao mesmo palco que há 10 anos ditou o seu último concerto da longa carreira ativa, desta vez para oferecerem aos milhares de fãs as suas “canções vestidas a rigor” com os arranjos da Sinfónica de Cascais. 

“Bandeira” deu o mote para o início, trazendo “Muitas memórias de viagens, de partidas e chegadas a esta Baía”, como afirmou Miguel Ângelo que sempre demonstrou “Saber Amar” Cascais. Por isso também o TEC – Teatro Experimental de Cascais, não ficou de fora desta noite de emoção. Com “Solta os Prisioneiros” os Delfins prestaram uma homenagem a uma das instituições mais antigas do municipio e “onde esta canção nasceu”.

De 1988, e fazendo parte do segundo álbum dos Delfins, lançado também aqui, na Festa dos Pescadores (antepassada destas Festas do Mar), “Aquele Inverno”, com arranjos da orquestra, protagonizou outro dos momentos emblemáticos desse domingo.  Seguiu-se “A Queda de um Anjo”, “Um Lugar ao Sol”, “ A Cor Azul” e “Som Como Um Rio” de uma carreira “recheada de coisas boas” como afirmou Miguel Ângelo:  "Daquelas canções simples, mas que são muito difíceis de fazer". Outro dos momentos mais marcantes da noite seria com “Nasce Selvagem”, num diálogo musical único entre os Delfins, o Tim e a Sinfónica de Cascais.    

“Toda a gente no público percebeu que no palco nos divertimos imenso. Todos os músicos cantaram e dançaram. Eu próprio dancei. Até me gravaram para mostrar ao neto”, afirmou o maestro Nikolay Lalov instantes após descer do palco e ainda com as emoções à flor da pele. Um maestro que tem vindo a provar que uma orquestra “não tem que ter só um repertório clássico” já que “ qualquer música pode ser tocada desde que tenha qualidade”.

“Esta noite foi uma noite mágica, especial e irrepetível”, disse Miguel Ângelo após o concerto, referindo-se aos “magníficos arranjos” que a Sinfónica fez não só para os Delfins como para os convidados.

A noite acabou da melhor forma com fogo de artíficio ao som da Sinfónica de Cascais. Para mais tarde recordar. (PL)

 

Cascais Digital

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