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Horasis Global Meeting: Será a governança global a solução?

O terceiro dia do Horasis Global Meeting foi marcado pelo debate em torno da necessidade de uma governança global, de forma a responder às consequências da globalização.

Na discussão em torno da “Governança global num mundo em mudança”, partiu-se de um consenso: só com cooperação entre todos é possível negociar respostas a problemas que afetam mais de um Estado ou região.

O painel contou com a presença de Pedro Siza Vieira, Ministro Adjunto e da Economia, Dacian Ciolos, ex-Primeiro Ministro da Roménia, Yves Leterme, ex-Primeiro Ministro da Bélgica, Danilo Türk, Presidente da UN Global High-Level Panelo n Water and Peace e ex-presidente da Eslovénia, Como moderador, Mark Barton, ex pivot da Bloomberg Television (Reino Unido).      

“Resultou claro deste painel que os problemas que transcendem as fronteiras nacionais, precisam de respostas globais”, anuiu Pedro Siza Vieira.

Como é que o “sistema multinacional construído na Segunda Guerra Mundial e que trouxe paz e prosperidade durante tantos anos, consegue funcionar, quando novos poderes emergem e é diferente a natureza dos desafios que se colocam”, foi a questão central colocada pelo Ministro da Economia.

O combate a movimentos nacionalistas e populistas que põem em causa os alicerces da sociedade aberta, as alterações climáticas, as grandes migrações, o mundo digital e as questões que se levantam em torno da proteção de dados e da privacidade dos cidadãos, foram exemplos apontados de problemas transversais a todas as nações, cuja solução só pode ser encontrada através da cooperação entre países e entre instituições transnacionais.

 A questão é saber como pode ser feita uma governança supranacional num mundo em transição quando o poder está a mudar e a legitimidade está a ser contestada pelos descontentes com a globalização?

Yves Leterme adianta uma resposta: “As pessoas estão a confiar mais nas comunidades locais do que nas instituições tradicionais e estão por isso mais conectadas com soluções locais”, pelo que o ex-Primeiro Ministro da Bélgica conclui: “ este é o verdadeiro desafio para os líderes políticos de hoje, encontrar soluções locais para resolver problemas globais, falando uma linguagem que as pessoas entendam e confiem”.

Frank-Jürgen Richter, presidente e mentor do Horasis, destacou, ainda, outros tópicos que estiveram no centro do debate desta segunda-feira:

“ Tivemos uma sessão sobre cibersegurança que foi muito interessante e iluminadora, assim como, outra sobre mindfullness com participantes provenientes de áreas muito diferentes, desde um banqueiro, a um CEO de uma grande empresa”.

Mas, neste Encontro Global mais do que soluções concretas, o que se pretende é encontrar inspiração no debate conjunto.

O presidente do Horasis deixou um exemplo: “ O que é que precisamos realmente na nossa vida para nos focarmos no futuro?” E, uma resposta possível: “Temos de nos concentrar na nossa própria mente, limpá-la e procurar ter paz”.

Frank-Jürgen lançou o desafio: “ É claro que a parte económica e as ameaças que o mundo enfrenta são importantes, mas temos de nos centrar em nós próprios, na nossa identidade, na nossa família e na nossa sociedade e é isso que eu quero conquistar”. (PL)

Cascais Digital

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