Peixe, marisco e doces conventuais na Cascais Gastronómica 2018

Antes que o Chef Pedro Lemos, que veio do Porto, preparasse as Gambas com couve-flor e coentros, a terrina de Foie-Gras, o salmonete com beterraba e molho das cabeças e a terrina leitão, já muito sabores poderiam ter sido experimentados na Cidadela, onde decorria a Cascais Gastronómica 2018.

Renato Côrte, do Dom Pepe, desmancha uma santola enquanto o diabo esfrega um olho e dá-lhe tempero que baste e não é preciso muito: “sal e pouco mais já que o sabor natural do marisco é o mais importante ”, confessa. Ora se a santola marinou o suficiente, a sapateira ou a ostra não lhe ficam atrás. Mais ao lado a Corvina é protagonista. Sara Santos, “Do Mar para a Casa”, explica-nos como é que este e outros peixes da nossa costa, neste caso a Corvina, podem, depois de marinados em lima, em cebola rocha, pimenta de dedo de moça e sumo de lima, fazer o furor da gastronomia japonesa, melhor dizendo, resultar num bom sushi.

Adiante, a curiosidade pela cozinha tradicional junta um grupo à volta da preparação de uma das iguarias registado no Livro de “Receitas de Reis e Pescadores”, da autoria de Cláudia Mataloto e Raquel Moreira. Ora é exatamente Cláudia Silva Mataloto, agora no papel de Chef, juntamente com o Chef Rodrigo Pache que ultimam uns panadinhos de polvo, uma espécie caraterística de Cascais, receita passada por “uma das vendedoras do mercado de Cascais”, refere Cláudia Mataloto. Não podiam faltar aqui também os doces conventuais, neste particular, as tradicionais Joaninhas de Cascais, à base de amêndoa e gema de ovo. Bom apetite para quem visitar este sábado o derradeiro dia deste evento. H.C.

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