Em ambiente descontraído, amigos, mecenas e colaboradores da CrescerSer, reuniram-se dia 6 de janeiro na Casa da Encosta, em Carcavelos, para a Festa de Reis. Um momento de convívio, mas também de agradecimento pelo trabalho desenvolvido e apoio prestado.
À chegada, um abraço e um donativo, porque carinho e dinheiro nunca são demais, sobretudo quando o tema é contribuir para um desenvolvimento mais equilibrado de quem, por diferentes motivos e por tempos variados, não pode contar com o apoio do seio familiar.
“Hoje estamos aqui juntos para comemorar os trabalhos do ano e desejar que o futuro continue a ser pródigo para todos e nos fortalecermos no amor às crianças”, desejou Armando Leandro, Presidente da CrescerSer, na abertura do jantar beneficente, realizado na Casa da Encosta, em Carcavelos, com que a instituição criada em 1986 celebrou o Dia de Reis.
Com sete centros de acolhimento para crianças e jovens em risco distribuídos pelo país, a CrescerSer cuida neste momento, temporariamente, no concelho de Cascais, de 12 crianças até aos 12 anos. “A nossa ambição é contribuir para a cultura dos direitos humanos da criança, fundamental para que haja qualidade humana, sem a qual também não teremos qualidade no desenvolvimento ético, cultural, social, ambiental, económico”, reflete Armando Leandro, lembrando que a casa da Encosta “tem muito apoio da Câmara Municipal de Cascais”, o que tem sido “fundamental” para o desenvolvimento do trabalho ali realizado.
Aproveitando a ocasião para formular os desejos para 2018, o responsável pela instituição dirigida por Fátima Serrano, é perentório: “acreditarmos no sistema, sermos cada vez mais rigorosos na sua divulgação e concretização e termos a certeza que o nosso trabalho merece o respeito da comunidade” e reforça que “o primeiro objetivo da CrescerSer é que a criança possa voltar à sua família” tão breve quanto possível.
Amigo de longa data e parceiro desde o primeiro momento, Carlos Monjardino, presidente da Fundação Monjardino, confessa o “carinho muito especial” pela Casa da Encosta”. “Grande parte dos miúdos que acolhi na Fundação Monjardino (8) veio desta casa. Eles veem aqui à festa e lembram-se que foram momentos complicados nas suas vidas que interiorizaram, mas hoje estão bem”.
Reconhecendo o trabalho diário “extremamente difícil” feito pelos técnicos, Carlos Monjardino destaca a “coragem, firmeza e estoicidade” necessárias, pois “criam-se laços… e ficam muitas saudades”. A nível institucional, Monjardino, apesar de ser de uma força política diferente, partilha a sua apreciação positiva: “tenho de reconhecer, com sinceridade, que a CMC tem feito um bom trabalho. O presidente Carlos Carreiras tem sido uma pessoa muito presente e interessa-se pelos problemas, e tem feito o possível, mas isso não quer dizer que não possamos pedir mais. Cascais deve ser uma das Câmaras onde esses problemas estão mais presentes e isso, sendo eu muito ligado a Cascais, é uma coisa que me enche de regozijo e satisfação”.
Para um futuro breve ficam três desejos: o destino do terreno ao lado da Casa da Encosta, melhorias ao nível da legislação, por exemplo, para permitir a adoção após os 15 anos e a criação de uma “instituição capaz de seguir mais miúdos como deve ser e por mais tempo, para eles poderem estudar e entrar na vida ativa antes de ficarem por sua conta”.