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"A Guerra no Mar" em debate no Centro Cultural de Cascais | 8 e 9 de abril

O "A Guerra no Mar" está a decorrer no Centro Cultural de Cascais, hoje e amanhã, 9 de abril. O congresso tem como objetivo apresentar novos contributos para os estudos dos combates e do poder naval nos séculos XIX e XX, destacando os períodos das I e II Guerras Mundiais.

Na abertura do congresso, a vereadora Paula Gomes da Silva referiu que "Cascais é uma janela para o mundo e queremos continuar a sê-lo. Este congresso é um exemplo dessa abertura". Para a secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Maria Fernanda Rollo, "Cascais é, desde há muitos anos, um espaço de cultura e de iniciativas que nos deixa muito orgulhosos. O Governo agradece à instituição, que é a autarquia de Cascais", finalizou.

"A Guerra no Mar" é um ciclo que está dividido em quatro conferências principais: "A Grande Guerra no Mar", "Património Cultural Subaquático", "A Guerra Submarina" e "Poder e Operações Navais".

O evento reúne importantes conferencistas do panorama académico nacional e internacional. Na primeira sessão do congresso, esteve em debate a aplicação bélica do poder naval. Andrew Lambert, do King’s College de Londres, foi um dos intervenientes: "Esta é uma excelente oportunidade para relembrar o papel de Portugal na I Guerra Mundial. Não existe neutralidade nestes períodos. As pessoas esquecem-se que o exército português esteve na frente de batalha ocidental, principalmente através do mar. A posição de Portugal, e especialmente de Cascais, foi, é e será no futuro, um ponto estratégico de grande significância".

Ainda sobre esta temática, falou António José Telo, da Academia Militar, para quem "a explicação da História permite equacionar os caminhos do futuro - e o papel futuro de Portugal deve analisar-se olhando para o mar. Portanto, a realização deste congresso é bem equacionada. Cascais tem-se afirmado com dinamismo, em particular no plano cultural, e só posso aplaudir."

João Miguel Henriques, do Arquivo Municipal de Cascais, reforça que "Cascais tem vindo a evocar o centenário da I Guerra Mundial, através da edição do livro digital "1914-1918: Cascais durante a I Guerra Mundial", e da realização de exposições e ciclos de conferências. E o mar de Cascais foi uma preocupação nesse período, com eventos desportivos a serem cancelados e com a redução no uso da luz noturna, para a vila não ficar tão exposta." Lembrou ainda, que "as atas que saírem deste congresso poderão ser materiais de referência para o futuro, nacional e internacionalmente."

O evento é organizado pelo Instituto de História Contemporânea da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa em parceria com a Câmara Municipal de Cascais, tendo o apoio da Fundação D. Luís I, da Fundação do Ministério de Ciência e Tecnologia de Portugal, do Casino Estoril e da Marinha Portuguesa.

Ainda no âmbito do evento, vai realizar-se uma visita à corveta Jacinto Cândido. No dia 9 de abril, no Cais de Eventos da Marina de Cascais, o público tem a possibilidade de visitar o navio com 1380 toneladas, 85m de comprimento, 10,3m de boca máxima, 3,3m de calado e velocidade máxima de 22 nós. Esta embarcação, que não é habitualmente visitável, participou na guerra colonial, tendo entrado na Marinha Portuguesa a partir de 16 de junho de 1970.

Cascais Digital

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