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Bolsa de investigação da National Geographic ajuda a conhecer património subaquático de Cascais

Jorge Freire, investigador do projeto “The End of the World Wrecks: Nautical Archaeology of Cascais, Portugal (Os Navios do Fim do Mundo: Arqueologia Subaquática de Cascais), no âmbito do ProCASC – Projeto de Carta Arqueológica Subaquática do Concelho de Cascais foi reconhecido pela National Geographic Society / Waitt Grants Program com uma bolsa de investigação no valor de 11.500 dólares. A verba destina-se a auxiliar a equipa de investigação que, ao longo dos últimos anos tem identificado o património subaquático do litoral concelhio.
Conduzida por Jorge Vaz Freire, investigador do Centro de História d’Aquém e d’Além-Mar (CHAM), unidade de investigação da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, em co-direcção científica com António Fialho, arqueólogo da Câmara Municipal de Cascais, a investigação inscreve-se no âmbito do projeto desenvolvido, há vários anos numa parceria entre a autarquia, o CHAM, o CINAV – Centro de Investigação naval da Marinha Portuguesa, e o IST – Instituto Superior Técnico (projeto ISR/LARSYS) . 
 
Este trabalho é uma boa oportunidade para reforçar a análise da paisagem cultural marítima de Cascais, principalmente no conhecimento das dinâmicas de navegação e da identidade de um país que se revê no período dos Descobrimentos como o grande momento da sua história mas que desconhece que muito desses vestígios se encontram à entrada de Lisboa, alguns dos quais depositados em frente a uma das capitais do surf, a Praia de Carcavelos.  
 
O prémio, atribuído pela National Geographic Society/ Waitt Grants Program, no valor de 11.500 dólares, incide sobre a zona conhecida como o “fim do mundo”, troço ainda inédito, mas de grande potencial arqueológico pela alargada referência a naufrágios e vem auxiliar a equipa de investigação numa das fases do seu trabalho que se pretende de grande impacto para o público em geral e comunidade científica nacional e internacional.  
 
Sobre o PROCASC - Projeto de Carta Arqueológica Subaquática do Concelho de Cascais
 
A Câmara Municipal de Cascais, como autarquia local, assume competências fundamentais na gestão proteção e divulgação do Património Arqueológico Subaquático concelhio, com o objetivo de constituir um reportório de informação histórica, científica e uma ferramenta para definição de estratégias, políticas, prioridades e problemáticas.
 
Iniciado em 2005, o Projeto de Carta Arqueológica Subaquática do Concelho de Cascais, está a ser desenvolvido pela Divisão de Animação, Promoção e Patrimónios Culturais do Departamento de Desenvolvimento Estratégico da Câmara Municipal de Cascais e pelo Centro de História d’Aquém e d’Além Mar da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
 
Em 2011 foi possível promover o geoposicionamento dos sítios arqueológicos subaquáticos do litoral de Cascais e permitiram, localizando novos sítios com potencial, bem como os naufrágios da época contemporânea, Praia de Carcavelos e Estoril, mas também regressar ao complexo arqueológico de S. Julião da Barra. Em 2012 , em parceria com o Laboratório de Oceanografia Robótica do Instituto Superior técnico realizou-se uma campanha de prospeção geofísica para verificar todos os alvos detetados e interpretar a sua importância tipológica e cronológica de modo a formular novas linhas de investigação.
 
Em 2013, a atividade arqueológica foi repartida pela prospeção e registo nas áreas conhecidas dos anos anteriores, Carcavelos, Estoril e Parede e, pela primeira vez, o Cabo Raso. Também se procedeu ao levantamento de artefactos em risco de extravio ou de perda. Realizaram-se, ainda, sondagens em São Julião da Barra, 15 anos depois da intervenção no âmbito da Expo 98.
Através da iniciativa do instituto Superior técnica procedeu-se à prospeção geofísica em Carcavelos.
 
Para estas intervenções, no litoral de Cascais, os trabalhos do projeto contaram com a colaboração técnica e logística da Direção Geral do Património Cultural, o Centro de Investigação Naval da Marinha e o apoio da Câmara Municipal de Oeiras.
 
Uma parte dos materiais recolhidos ao longo dos anos encontra-se em exposição na sala Cascais na Rota dos Naufrágios do Museu do Mar Rei D. Carlos, que constitui uma abordagem exploratória sobre os muitos “tesouros” da costa de Cascais que, pouco a pouco, ajudam a construir a história do comércio marítimo, pesca e navegação no nosso território.
 
António Fialho | Licenciado em História variante Arqueologia pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, arqueólogo subaquático da Câmara Municipal de Cascais; co-responsável pelo Projeto de Carta Arqueológica Subaquática de Cascais.
 
Jorge Freire | Investigador do Centro de História de d’Aquém e d´Além-Mar (Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova. Bolseiro de investigação, co-responsável do Projeto de Carta Arqueológica Subaquática do Concelho de Cascais e aluno de doutoramento. O seu trabalho tem estado focado na Paisagem Cultural Marítima e na Arqueologia Costeira do litoral de Cascais. 
 
Mais informações sobre a iniciativa através de: museumar@cm-cascais.pt | 21 481 59 55
 
 

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