1ª Infância | 18º aniversário da Plataforma Crescer Melhor em Cascais

29 outubro | 18h00-19h30 | Realidades familiares. Novos desafios | Ana Gomes

Enquadramento: A Família constitui o alicerce fundamental que dá suporte ao que somos e ao que fazemos ao longo de toda a nossa vida. É na família que desde crianças aprendemos, assimilamos e interiorizamos valores, normas e atitudes. E em função dos afetos, da segurança e dos estímulos vividos na família, que cada um se permite conquistar a autonomia, a responsabilidade e a criatividade, necessários para a construção de projetos de vida que integrem o horizonte do mundo, dos outros e da realização pessoal. Valorizar o papel da família, não pode traduzir de modo algum, uma visão isolada de outros contextos, nomeadamente sociais e culturais.

Parece-nos igualmente pertinente, um breve olhar sobre a evolução da Família ao longo da história, para nos darmos conta das suas inúmeras modificações. Novas estruturas e organizações familiares devem ser tidas em conta, enquanto variações da família nuclear, considerada (ainda por muitos!) o modelo de referência da família. Ou seja, encontramos hoje muitas formas de ser Família, monoparental, reconstruída, celibatária, com filhos adotivos, em coabitação, homossexuais e outras. Não só a estrutura da família, mas igualmente os aspetos funcionais e da comunicação, apresentam novas facetas e levantam novas questões. Assiste-se a um novo redimensionamento das relações e das expectativas, por exemplo, face aos papéis de cada elemento dentro do casal, ao seu posicionamento na relação com os filhos e na própria relação da família com a sociedade em geral.

Mas a mudança mais significativa traduz-se no domínio da vida afetiva. Os laços afetivos que ligam os membros da família uns aos outros tendem a reforçar-se e a ocupar um lugar cada vez mais significativo. Longe deve estar a ideia alarmista de que a família se está a desintegrar, pois o facto é que muita gente que se divorcia, dá simplesmente meia volta e volta a casar. A Família é e continuará a ser o elemento natural e fundamental da sociedade. Podemos afirmar que não há especialistas, nem respostas secretas ou mágicas, para se "ser" uma família saudável, mas sabemos, que em qualquer configuração familiar, o laço mais seguro é o do amor.

Interveniente | Ana Maria Gomes: Licenciada em Psicologia Clínica, pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Lisboa (1981). Pós-Graduação em Toxicodependências pela Universidade do Porto. Atualmente Assessora do Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa; Coordenadora da Comissão Nacional de Coordenação da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, em representação do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social; Diretora de Unidade de Gestão e Acompanhamento da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados no Instituto da Segurança Social, IP; Diretora de Serviço na Unidade de Desenvolvimento Social Centro Distrital de Lisboa do Instituto da Segurança Social, IP;  Adjunta da Direção Executiva do Agrupamento de Centros de Saúde de Sintra. Diretora Técnica de uma IPSS e responsável pelo funcionamento de 8 Lares de Acolhimento Residenciais, de crianças e jovens, privados de ambiente familiar estável. Diretora de Serviço e Diretora de Departamento, responsável pelas Áreas de Ação Social. Instituto da Segurança Social,  Representação do ISS, IP na Unidade de Missão dos Cuidados Continuados Integrados. Coordenação, Direção de Serviços e Direção de Departamento, no Ministério da Saúde, na área das Toxicodependências Presidente da Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar. Docente Formadora e Supervisora em Terapia Familiar, desde 1993. Atividade Clínica privada em Terapia Familiar a Terapia de Casal. Curso de Educadora de Infância, pela "Escola de Educadoras de Infância Maria Ulrich”.

Com moderação de Ana Teresa Brito: Educadora Professora | Educação de infância e Intervenção Precoce; Professora auxiliar no ISPA– Instituto Universitário; Membro do Conselho de Administração da Fundação Brazelton Gomes-Pedro.

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