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Hanukkah na Baía de Cascais

Comunidade Judaica celebra Festival das Luzes

Como já é tradição no município, o Hanukkah voltou a ser celebrado na Baía de Cascais. É o 10.º Festival das Luzes comemorado pela Comunidade Judaica no concelho e, para salientar este número redondo, o convite foi aberto a toda a população. Na noite desta terça-feira, 20 de dezembro, foi acesa a quarta vela da Menorah, dado que este ano a festividade se celebra de 18 a 25 de dezembro do calendário gregoriano.

O Hanukkah tem por lema a esperança, dedicação e partilha, e significa celebrar a vitória da luz sobre a escuridão, fazendo uma metáfora sobre o bem que vence o mal. Uma data muito importante para a comunidade judaica que tem como lema partilhar a luz com o próximo, dentro do espírito de comunhão e entreajuda de todos por todos. Por isso, nesta noite em que celebram a festividade em comunidade, há partilha de comida judaica e outros jogos para animar as crianças. No final, são atiradas moedas de chocolate sobre os presentes, incentivando que quem apanhe muitas as possa partilhar com quem tem menos.

A cerimónia contou ainda com a presença do executivo da autarquia, do embaixador de Israel, Dor Saphira, e da embaixadora dos EUA, Randi Charno Levine.

O Milagre do óleo

A história do Hanukkah remonta ao século II a.C, quando o rei selêucida da Síria, Antíoco IV Epifânio, subiu ao poder e, ao contrário do seu antecessor, bem mais benevolente, proibiu o judaísmo e obrigou os judeus a adorar os deuses gregos. Como nem todos os judeus obedeceram, os soldados sírios entraram em Jerusalém e, além de massacrarem milhares de pessoas, erigiram no Segundo Templo um altar para Zeus, aí sacrificando animais impuros, como porcos.

Em 168 a.C. os judeus rebelaram-se, liderados pelo rabi Matatias e os seus cinco filhos. Quando este morreu, dois anos depois, a revolta passou a ser chefiada pelo filho Judas – que ficou conhecido como Judas Macabeu, ou “o Martelo”, celebrado no século XVIII numa oratória de George Frideric Handel –, que conseguiu expulsar os sírios de Jerusalém, restituir o Segundo Templo e acender a sua menorah (candelabro), cujas velas deviam ser acendidas todas as noites.

A festividade comemora esta vitória e a restituição do Templo, mas não só. Há um milagre envolvido, relatado no Talmud, um dos textos mais importantes do judaísmo, que pode explicar a tradição das velas. Ao que se conta, apenas havia óleo para manter as velas acesas por uma noite, mas, misteriosamente, estas terão ardido ao longo de oito dias.

10 Anos de Hanukkah em Cascais

CMC/FMC/AG/PR

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