Mau tempo | Chuva intensa e inundações

O envolvimento de todos: Serviço Municipal de Proteção Civil, Bombeiros, PSP, Autoridade Marítima Nacional, todos os agentes da Proteção Civil, permitiu que, ao final da manhã de hoje o pior já tivesse passado na baixa de Cascais. Embora ainda houvesse muito metros cúbicos de água para retirar das caves construídas abaixo do nível do leito da ribeira, a área do Largo Camões voltou a ficar transitável em poucas horas, muito devido ao trabalho das com bombas de alto débito da Autoridade Marítima Nacional que aceleraram o escoamento da água nesta zona de Cascais. “São estas redes que quando chega a hora da necessidade se apresentam para responder de forma muito eficaz e eficiente além de terem estado a acorrer a situações que se têm verificado nos últimos dias”, disse, esta manhã, Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais que, durante a manhã, percorreu diversos pontos críticos do concelho para avaliar os efeitos do mau tempo.

“Voltar à normalidade”
A intensa pluviosidade que ocorreu em especial durante a madrugada, coincidiu com a preia-mar, dificultando ainda mais o escoamento das águas nas zonas historicamente mais vulneráveis. Ainda assim, conforme faz questão de explicar Carlos Carreiras, “comparando com as notícias que chegam de outros pontos do país e em especial da Área Metropolitana de Lisboa, em Cascais, o sistema respondeu razoavelmente bem, e estamos agora a fazer todos os procedimentos com vista a regularizar o mais rapidamente a situação” e “já estamos a voltar à normalidade”.
De acordo com o autarca, o concelho está a beneficiar de “um conjunto de investimentos infraestruturais feitos, como é o caso da Ribeira das Vinhas, em Cascais, que alagou para os lados como estava previsto, e na Ribeira de Sassoeiros, na zona de Trajouce, onde também alagou para os lados como previsto”, com grande parte da água a ser acomodada nas bacias de retenção criadas recentemente. O trabalho está, contudo, ainda longe de estar concluído e a quantidade de água caída obrigou, contudo, a cortar a Estrada Nacional 249-4 na zona entre Trajouce e Abóboda.

Trabalho vai prosseguir
O trabalho vai prosseguir até que todas as ribeiras estejam requalificadas. “Na de Sassoeiros ainda falta uma fase que virá resolver o problema na Praia de Carcavelos e zonas adjacentes. A próxima será a Ribeira de Caparide e depois todas outras ribeiras”, reforça o presidente da câmara Municipal de Cascais.
“Temos de manter estes níveis de investimento”, reforça Carlos Carreiras, lembrando que muitas vezes, “são investimentos que não se vêm e que criam incómodos para as comunidades quando estão a ser implementados”. Contudo, como salientou esta manhã o autarca: “são investimentos absolutamente fundamentais para, depois, podermos beneficiar da mitigação do risco de cheias, bem como de novas zonas de lazer onde é possível regressar à mobilidade suave, como as deslocações em bicicleta que se faziam antigamente junto aos leitos das ribeiras”.

CMC | FH | FMC